Dicas para mandar bem na escola


Para toda vida
Afinal, os conteúdos aprendidos no Ensino Médio não são necessários apenas para mandar bem nas provas do fim do ano. O que o adolescente aprende nessa época também vai ser fundamental para a sua vida cotidiana. “Independente da trajetória acadêmica escolhida pelo aluno, essas disciplinas vão ampliar a leitura de mundo dele”.

Os adolescentes que conseguem compreender essa importância são os que mais cedo se destacam academicamente. “Os alunos que entendem que estão aprendendo e construindo para a vida e não de uma série para outra tendem a ser profissionais de destaque mais para frente”.
E mesmo quem não consegue se desligar do temido vestibular precisa compreender que os anos anteriores ao “terceirão” são fundamentais. Rafael Gama, 15, está no segundo ano do Ensino Médio e sabe bem disso. Desde o ano passado ele se esforça para assimilar o máximo do conteúdo dado em sala de aula, de forma que no próximo ano, quando for prestar vestibular, não precise se matar tanto de estudar. “Mais da metade do conteúdo do primeiro e do segundo ano são revisados no terceirão. Se você aprender isso antes, certamente terá mais facilidade”, diz o jovem.
Então, aproveite a deixa e comece você também a se preparar desde já. Dê uma olhada nas dicas que separamos e bons estudos!

Desenvolva o hábito de estudar em casa
Ter paciência e força de vontade. Essa é a primeira dica. Isso porque, para se dar bem na escola, é preciso desenvolver um hábito de estudo diário não só na sala de aula, mas também em casa – o que requer uma boa dose de disciplina. Para isso, criar uma rotina é importante. “O hábito de estudar tem que ser desenvolvido em um horário em que o adolescente já tenha se alimentado e esteja descansado”.
Um dos lemas do colégio é “aula dada, aula estudada”. “É mais tranquilo ir dominando pequenas partes do conteúdo todo dia do que, no fim de um mês, querer dominar o todo”.

O estudante do segundo ano do Ensino Médio Rafael Gama, 15, revela que gosta de repassar, no fim de semana, quando tem mais tempo, o conteúdo que aprendeu em sala. “Tenho o costume de passar a limpo o que vi para memorizar melhor”, diz.


Crie um método para cada matéria

Não adianta achar que estudar português e matemática tem que ser da mesma forma. Cada matéria tem suas características e é importante criar métodos diferenciados. O professor, nesse momento, é um grande aliado. “O aluno pode pedir ajuda para o professor na hora de desenvolver metodologias para cada disciplina”. Trabalhar com graus de complexidade, para sempre ir se desafiando, também é essencial na hora de reter os conteúdos.
E, mais importante do que conhecer como funciona cada matéria, é preciso ter autoconhecimento. “O aluno sabe de maneira mais específica como ele funciona, então pode empregar melhor suas características ao seu favor”.

Para Rafael Gama, por exemplo, o método que mais dá resultado é reescrever o conteúdo dado em sala de aula pelo professor. Mas cada um tem o seu jeito de aprender melhor – só é preciso descobrir qual.

Conte com o apoio da família
Segundo o coordenador pedagógico do Dom Bosco, Gil Vicente, a família, a escola e o aluno formam o tripé que sustenta a educação. “Se faltar um, desequilibra, e o resultado não é bom. A sinergia entre escola e família é fundamental”, garante. Por isso, é importante que o adolescente se sinta à vontade para discutir assuntos do colégio com os pais e também é essencial que a família dê um bom exemplo em casa. “Pai e mãe são modelos, exemplos. A família pode cultivar o hábito de ler, ir a uma livraria no fim de semana, isso é superimportante”, afirma Audry Castello Branco, supervisora pedagógica do Positivo.

Faça grupos de estudos e use a internet a favor
Tem sempre alguém que manja mais de uma matéria ou outra. Por isso, formar grupos de estudos pode ser uma ajuda e tanto. “Nós incentivamos os alunos que têm o maior domínio sobre uma disciplina a fazer grupo com os que têm mais dificuldade”. Assim, quem sabe mais pode compartilhar o conhecimento e ajudar os colegas.

E a internet, tão presente na vida dos jovens, é outra aliada – principalmente no trabalho em turma. “Os estudantes podem fazer mapas conceituais e utilizar a própria rede para distribuir o conteúdo entre os amigos. Acho bacana eles compreenderem que a internet é mais uma ferramenta pedagógica para estudo em grupo”.
A web também está cada vez mais presente na própria sala de aula. Os professores são incentivados a criar conteúdos para serem trabalhados nos tablets que os alunos têm.

Escolha um local tranquilo

Tem quem goste de estudar no ônibus, enquanto vai para o colégio. Isso não é o ideal. Para desenvolver um hábito de estudo diário, é preciso encontrar um local adequado, que seja arejado e que não tenha muita circulação de pessoas. “A gente nem fala mais que precisa ser silencioso, porque hoje o adolescente está tão acostumado a estudar com fone de ouvido, celular, que isso é algo que a Geração Y dá conta de fazer”.

Mesmo assim, é preciso tomar cuidado para que as distrações não acabem tomando tempo do estudo. O celular, por exemplo, pode ser um bom convite para dar “só uma olhadinha no Facebook” que, no fim, dura horas.

O colégio faz esforço para reconhecer as características da geração atual, mas é preciso que ao aluno entenda que a escola não é um lugar limitador ou punitivo, mas sim uma parceira do adolescente. “Se a gente pede para que ele não use o celular em sala, em um primeiro momento o aluno fica bravo, mas quando ele percebe que o rendimento melhora sem o aparelho, não precisamos mais ficar pedindo para guardar”.



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